Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico
Sobre a especialidade

A Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico trata-se de uma terapia comportamental voltada para as crianças prematuras, sindrômicas e com anóxia perinatal, baixo peso ao nascimento, lesões encefálicas congênitas ou adquiridas, microcefalia, meningomielocele, atraso global do desenvolvimento, deficiência intelectual, transtorno do espectro autista (TEA) e quadros assemelhados.
Destaca-se por ser uma abordagem terapêutica com resultados comprovados em crianças com idade que varia de um a cinco anos.
O diferencial da intervenção é usar estratégias de ensino naturalistas, em que a criança aprende brincando a desenvolver ferramentas necessárias para explorar o mundo e se relacionar com as pessoas.
Ela é baseada nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA, sigla em inglês) e do Treino Pivotal (que é uma intervenção em ABA), ou seja, em grande parte, utiliza a tecnologia amplamente produzida pela ABA. Também se baseia em teorias desenvolvimentalistas.
Os pais e terapeutas usam atividades lúdicas para reforçar os comportamentos positivos. Por meio de brincadeiras, as crianças são encorajadas a melhorar suas habilidades linguísticas, sociais, cognitivas, reciprocidade, afeto entre outras.
Como funciona a Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico?
A Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico ajuda a estabelecer comportamentos focados no relacionamento nas crianças desde cedo, o que contribuirá na sua integração a grupos sociais.
Melhora a atividade cerebral relacionada às habilidades sociais e de comunicação dos bebês e crianças pequenas.
Ajuda a estabelecer comportamentos focados no relacionamento nas crianças desde cedo, o que melhora sua integração social.
Destaca-se por ser uma intervenção baseada no relacionamento e envolve os pais e cuidadores (escola e casa). Os acompanhantes terapêuticos dessas crianças são os pais e cuidadores, devidamente supervisionados pelo terapeuta responsável. Assim, oferecendo a intensidade exigida da intervenção precoce de no mínimo 15 horas semanais.
Por meio de suas atividades cotidianas, as crianças conseguem se conectar, se comunicar e a aprender.
Para trabalhar a interação social são utilizados três tipos diferentes de jogos e atividades. O primeiro consiste em jogos com brinquedos apropriados à idade da criança. Há também brincadeiras sociais com o objetivo de promover a interação social. E podem ser usadas atividades como pintar, desenhar e brincar. Essas atividades ajudam a promover a interação social e aumentam a motivação da criança para criar novos contatos sociais e melhoram a capacidade de aprendizagem.
O objetivo é promover a importância das recompensas sociais e, consequentemente, melhorar a atenção e motivação da criança.
Como utilizar a Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico?
A intervenção pode ser usada em diferentes contextos, incluindo a casa da criança, uma clínica ou até mesmo na escola. Ela utiliza estratégias naturalistas. Por isso, o envolvimento dos pais e pessoas próximas é fundamental. Os terapeutas explicam as estratégias que devem ser praticadas no ambiente familiar. É muito importante encontrar especialistas na Intervenção Precoce baseada em tecnologias de ensino naturalístico para aplica-la de forma adequada e segura.
Quais as principais características da Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico?
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Interação parental profunda.
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Lições de linguagem e comunicação baseadas em um relacionamento afetivo e positivo.
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Ênfase no afeto positivo e na dinâmica interpessoal.
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Estratégias retiradas da ABA.
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Atividades conjuntas que reforçam o envolvimento compartilhado.
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Uma sensibilidade maior aos objetivos normais de desenvolvimento infantil.
A Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico pode ser aplicada por: Psicólogos; Especialistas em comportamento; Terapeutas ocupacionais; Fonoaudiólogos; Especialistas em Intervenção Precoce; Pediatras do desenvolvimento e comportamento; Neurologistas Pediátricos e Psiquiatras da Infância e Adolescência. Para ser eficaz, procure ajuda de um profissional capacitado e habilitado para aplicar a intervenção.
Os profissionais que trabalham com a Intervenção precoce comportamental baseada em tecnologias de ensino naturalístico devem seguir algumas etapas do checklist para avaliar o desenvolvimento da criança, saber quais habilidades foram adquiridas e quais faltam ser aprimoradas.
As principais habilidades avaliadas inicialmente são: comunicação receptiva, comunicação expressiva, competência social, habilidades motoras, habilidades de imitações, cognição, comportamentos e independência.
Geralmente, após alguns meses, são realizadas novas avaliações para identificar o que foi possível evoluir e traçar novos objetivos se for necessário.