top of page
  • Foto do escritorClinica NeuroGandolfi

Alimentação e Enxaqueca: O Papel do Chocolate e Outros Vilões


Alimentação e Enxaqueca: O Papel do Chocolate e Outros Vilões

A enxaqueca é uma condição debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Para aqueles que enfrentam crises recorrentes, a busca por estratégias de manejo torna-se crucial. Um dos aspectos frequentemente abordados é a relação entre a alimentação e a enxaqueca, sendo o chocolate um dos alimentos frequentemente apontados como possível desencadeador de crises. Este texto explora essa conexão, destacando a importância de uma dieta consciente para aqueles que buscam alívio dessa condição.

Chocolate e Enxaqueca: Uma Relação Complexa

O chocolate é apreciado por muitos não apenas por seu sabor, mas também por suas propriedades estimulantes e reconfortantes. No entanto, para alguns indivíduos propensos à enxaqueca, o consumo de chocolate pode representar um desencadeador potencial de crises.


A presença de substâncias como a feniletilamina, a teobromina e a cafeína no chocolate tem sido associada ao desencadeamento de enxaquecas em algumas pessoas. Essas substâncias podem afetar os níveis de serotonina, um neurotransmissor que desempenha um papel crucial na regulação do humor e na prevenção de dores de cabeça.


Dieta e Enxaqueca: Evitando Desencadeadores Comuns

É importante destacar que, embora o chocolate seja frequentemente mencionado, existem outros alimentos que também podem contribuir para crises de enxaqueca. Adotar uma abordagem consciente em relação à alimentação é fundamental para reduzir o risco de desencadeamento de crises. Alguns dos alimentos a serem evitados incluem:

  1. Queijos Amarelos: Certos queijos, especialmente os amarelos e envelhecidos, contêm tiramina, uma substância relacionada a dores de cabeça em algumas pessoas sensíveis.

  2. Bebidas Alcoólicas: O álcool, em especial o vinho tinto, cervejas escuras e destilados, é reconhecido como um desencadeador comum de enxaquecas.

  3. Chocolate: Como mencionado anteriormente, o chocolate, especialmente o chocolate escuro, pode conter compostos que afetam os neurotransmissores e contribuem para crises de enxaqueca.

Dieta e Estilo de Vida: Estratégias para Gerenciar a Enxaqueca

Adotar uma dieta que evite desencadeadores conhecidos é apenas uma parte da gestão da enxaqueca. Além disso, outras estratégias e mudanças no estilo de vida podem ser igualmente importantes. Aqui estão algumas recomendações:

  1. Mantenha um Diário Alimentar: Registrar a dieta diária pode ajudar a identificar padrões entre os alimentos consumidos e as crises de enxaqueca. Isso proporciona uma compreensão mais personalizada dos desencadeadores individuais.

  2. Controle do Estresse: O estresse é um fator desencadeante comum para muitas pessoas com enxaqueca. Estratégias de controle do estresse, como a prática de mindfulness, exercícios regulares e sono adequado, podem desempenhar um papel crucial.

  3. Hidratação Adequada: A desidratação é um fator conhecido por desencadear dores de cabeça. Manter-se adequadamente hidratado pode ser uma medida preventiva eficaz.

  4. Rotina de Sono Regular: A falta de sono ou alterações nos padrões de sono podem contribuir para crises de enxaqueca. Estabelecer uma rotina de sono regular e garantir horas adequadas de descanso pode ser benéfico.

O Chocolate e a Moderação: Encontrando Equilíbrio na Dieta

A orientação não é eliminar completamente o chocolate da dieta, mas sim consumi-lo com moderação, especialmente para aqueles propensos a crises de enxaqueca. A abordagem individualizada é crucial, pois o que desencadeia crises em uma pessoa pode não afetar outra da mesma maneira.


Durante uma crise de enxaqueca, é aconselhável evitar o consumo de chocolate, assim como outros potenciais desencadeadores, para minimizar o desconforto. No entanto, em momentos livres de crises, muitas pessoas podem desfrutar de chocolate ocasionalmente sem problemas.


Conclusão: Uma Abordagem Personalizada para o Bem-Estar

A relação entre alimentação e enxaqueca é complexa e varia de pessoa para pessoa. Adotar uma dieta consciente, manter um estilo de vida equilibrado e identificar padrões individuais são passos importantes para gerenciar essa condição debilitante.


Para aqueles que amam o chocolate, a moderação e a atenção aos sinais do corpo são essenciais. Consultar um profissional de saúde, como um neurologista pediátrico com expertise em cefaleia e um nutricionista, pode proporcionar uma abordagem mais personalizada e estratégias específicas para minimizar o impacto da enxaqueca na qualidade de vida.



Dra. Valéria Gandolfi Geraldo

Pediatria - Neurologia Pediátrica

CRM-SP: 105.691 / RQE: 26.501-1

1 visualização0 comentário
bottom of page