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Cinco Dicas de Ouro para Pais de Crianças com Crise Febril



Cinco Dicas de Ouro para Pais de Crianças com Crise Febril

As crises febris em crianças são momentos que podem gerar grande preocupação e ansiedade para os pais. Ver um filho passar por uma crise febril pode ser uma experiência angustiante, mas é crucial estar preparado para lidar com essas situações de maneira calma e eficaz. Nesta redação, exploraremos cinco dicas valiosas para orientar os pais durante episódios de crise febril, proporcionando um entendimento mais amplo e promovendo a segurança e o bem-estar da criança.


Passo 1: Manter a Calma

Em situações de crise febril, a resposta emocional dos pais desempenha um papel significativo na gestão da situação. Manter a calma é crucial, mesmo diante da apreensão natural que esses episódios podem provocar. É importante reconhecer que a maioria das crises febris em crianças é breve e, na maioria dos casos, não causa danos duradouros.


A ansiedade dos pais pode ser transmitida para a criança, influenciando a intensidade e a duração da crise. Portanto, é fundamental que os pais cultivem uma abordagem tranquila e confiante ao lidar com episódios de crise febril. A respiração profunda e a manutenção de uma postura serena contribuem para um ambiente mais seguro e controlado.


Passo 2: Proteger a Criança

Durante uma crise febril, a segurança da criança é a prioridade absoluta. Posicionar a criança de lado em uma superfície macia é uma medida essencial para evitar possíveis lesões. Isso ajuda a manter as vias respiratórias desobstruídas e minimiza o risco de aspiração de saliva ou vômito.


Além disso, é fundamental remover objetos perigosos ao redor da criança. Em um ambiente seguro, a probabilidade de lesões é significativamente reduzida. Os pais devem criar um espaço livre de obstáculos para garantir que a criança esteja protegida durante a crise e que qualquer movimento involuntário não resulte em ferimentos.


Passo 3: Não Colocar Nada na Boca

Um impulso natural dos pais durante uma crise é tentar proteger a criança colocando algo em sua boca. No entanto, essa prática pode resultar em lesões, como mordidas na língua ou objetos aspirados. É crucial resistir a esse instinto e evitar inserir qualquer objeto na boca da criança durante a crise.


A proteção da boca e das vias respiratórias pode ser alcançada pela posição lateral da criança, conforme mencionado no Passo 2. Essa postura ajuda a evitar a obstrução das vias respiratórias e minimiza os riscos associados à manipulação inadequada durante uma crise febril.


Passo 4: Observar o Tempo

Cronometrar a duração da crise febril é uma prática importante para avaliar a gravidade da situação. Em circunstâncias normais, a maioria das crises febris dura apenas alguns minutos. Contudo, se a crise persistir por mais de cinco minutos, é imperativo buscar ajuda médica imediatamente.


Ligar para o serviço de emergência (SAMU - 192) e descrever a situação pode ser necessário em casos de crises prolongadas. A intervenção médica é crucial para garantir uma avaliação profissional imediata e a administração adequada de cuidados médicos.


Passo 5: Pós-Crise

Após a conclusão da crise febril, é importante posicionar a criança de lado para facilitar a respiração. Isso ajuda a prevenir a aspiração de secreções e garante um fluxo de ar adequado. Embora a criança possa parecer recuperada após a crise, é altamente recomendável procurar assistência médica.


Mesmo que a recuperação pareça positiva, uma avaliação médica é crucial para determinar a causa da crise febril e garantir que não haja complicações subjacentes. O pediatra poderá conduzir exames e avaliações adicionais para identificar possíveis fatores desencadeantes e orientar os pais sobre as medidas preventivas futuras.


Essas cinco dicas oferecem uma estrutura valiosa para os pais lidarem com crises febris em seus filhos. No entanto, é fundamental ressaltar que, embora essas orientações sejam úteis, cada criança é única, e as circunstâncias podem variar. Portanto, buscar orientação específica do pediatra da criança é essencial para entender melhor o quadro de saúde, receber conselhos personalizados e desenvolver um plano de ação adequado a cada situação.


Conclusivamente, ao se deparar com uma crise febril em uma criança, a combinação de calma, precaução e ação imediata pode ser a chave para proporcionar um ambiente seguro e apoiador. A colaboração constante com profissionais de saúde e a busca por informações adicionais sobre a saúde da criança contribuem para a construção de uma abordagem mais informada e confiante diante desses episódios desafiadores.


Dra. Valéria Gandolfi Geraldo

Pediatria - Neurologia Pediátrica

CRM-SP 105.691 - RQE: 26.501-1


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