
Epilepsia de Ausência na Infância: Compreendendo, Lidando e Apoiando
A epilepsia de ausência é uma forma de epilepsia generalizada que afeta especialmente crianças. Caracterizada por episódios de breve perda de consciência, a epilepsia de ausência na infância pode ser desafiadora para pais, cuidadores e, é claro, para as próprias crianças. Vamos explorar mais sobre essa condição, incluindo causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e estratégias de apoio para garantir o bem-estar das crianças afetadas.
Compreendendo a Epilepsia de Ausência:
A epilepsia de ausência é caracterizada por episódios súbitos de ausência, nos quais a criança parece desconectada por alguns segundos. Durante esses episódios, a criança pode não responder a estímulos externos e pode retomar suas atividades normais após a ausência sem memória do ocorrido.
Causas e Fatores de Risco:
Genética: A epilepsia de ausência pode ter uma predisposição genética, com histórico familiar de epilepsia.
Desenvolvimento Anormal do Cérebro: Anormalidades no desenvolvimento cerebral também podem contribuir para essa forma de epilepsia.
Idade: A epilepsia de ausência é mais comum em crianças entre 4 e 12 anos.
Sintomas da Epilepsia de Ausência:
Ausências Breves: Episódios de desconexão breve, durando geralmente alguns segundos.
Parada Repentina nas Atividades: A criança pode interromper abruptamente o que está fazendo durante o episódio.
Movimentos Automáticos: Alguns casos podem envolver movimentos automáticos, como piscar de olhos rápidos ou movimentos labiais.
Diagnóstico e Avaliação:
Registro de Epilepsia por EEG: O eletroencefalograma (EEG) é crucial para registrar as atividades elétricas do cérebro durante os episódios.
Avaliação Médica Completa: Exames médicos e histórico clínico auxiliam no diagnóstico diferencial e na identificação de possíveis causas subjacentes.
Tratamento e Manejo:
Medicação Anticrise: A prescrição de medicamentos anticrise é comum para controlar os episódios.
Monitoramento Regular: A criança pode precisar de monitoramento regular para ajuste da medicação conforme necessário.
Aconselhamento e Apoio Psicológico: Tanto a criança quanto a família podem se beneficiar de aconselhamento e apoio psicológico para lidar com os aspectos emocionais da condição.
Estratégias de Apoio para Crianças e Familiares:
Educação: Entender a condição é essencial para pais, professores e a própria criança.
Rede de Apoio: Construir uma rede de apoio, incluindo médicos, educadores e grupos de apoio, pode ser fundamental.
Adaptações na Escola: Trabalhar em estreita colaboração com a escola para garantir adaptações adequadas, se necessário.
Conclusão:
A epilepsia de ausência na infância pode ser gerenciada com sucesso com o apoio adequado. É crucial buscar diagnóstico e tratamento precoces para garantir o melhor cuidado possível para a criança. Com compreensão, paciência e apoio contínuo, as crianças com epilepsia de ausência podem levar vidas plenas e participar ativamente em suas comunidades.
Dra. Valéria Gandolfi Geraldo
Pediatria - Neurologia Pediátrica
CRM-SP: 105.691 / RQE: 26.501-1
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