Desvendando o Tratamento do Autismo: EvidĂȘncias CientĂficas
- Clinica NeuroGandolfi
- 1 de ago. de 2020
- 18 min de leitura

Desvendando as Trilhas do Tratamento do Autismo
No universo complexo e multifacetado do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a busca por estratĂ©gias de tratamento eficazes Ă© um caminho desafiador, frequentemente permeado por informaçÔes conflitantes e opçÔes vastas. Entre 2012 e 2017, o National Standard Project - National Autism Center empreendeu uma monumental revisĂŁo, analisando mais de 61.000 estudos para identificar prĂĄticas baseadas em evidĂȘncias. Os resultados delinearam 28 intervençÔes, destacando a AnĂĄlise do Comportamento Aplicada (ABA) como protagonista. Este texto explora a variedade de abordagens, desde terapias respaldadas cientificamente atĂ© prĂĄticas amplamente difundidas, mas sem embasamento comprovado, fornecendo uma visĂŁo abrangente e informada sobre o panorama atual do tratamento do TEA.
Tratamento
Entre 2012 a 2017, o National Standard Project - National Autism Center fez uma revisĂŁo sistemĂĄtica de 61.147 artigos/estudos sobre intervençÔes em TEA, para avaliar e identificar prĂĄticas baseadas em evidĂȘncias no tratamento do TEA, resultando em um total de 972 artigos aceitĂĄveis (âPrĂĄticas Baseadas em EvidĂȘncias para Crianças, Adolescentes, e Jovens com Transtorno do Espectro do Autismoâ, 2020). A partir desses estudos foram encontradas 28 intervençÔes com evidĂȘncias cientĂficas estabelecidas para o tratamento do TEA Dessas 28 intervençÔes, 23 sĂŁo baseadas em AnĂĄlise do Comportamento aplicada â ABA e as outras 5 intervençÔes sĂŁo: Intervenção baseada nos princĂpios da Integração Sensorial de Ayres; Intervenção Mediada por MĂșsica (MMI); Intervenção Baseada em ExercĂcio e Movimento (EXM); Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia (TAII); e Terapia Cognitivo Comportamental/EstratĂ©gias de Instrução (para pessoas com TEA maiores de 6 anos e nĂvel 1 de suporte).
Analise do Comportamento Aplicada
Na terapia ABA poderĂĄ ser aplicada: 1. IntervençÔes baseadas no antecedente; 2. Comunicação Alternativa e Aumentativa; 3. Intervenção Momentum Comportamental; 4. Reforçamento Diferencial de Alternativo, IncompatĂvel ou Outros Comportamentos; 5. Instrução Direta; 6. Ensino por Tentativas Discretas (DTT); 7. Extinção (EXT); 8. Avaliação Funcional do Comportamento; 9. Treino de Comunicação Funcional (FCT); 10. Modelação; 11. Intervenção NaturalĂstica (MĂ©todo Denver ou outras); 12. Intervenção Implementada por Pais; 13. Instrução e Intervenção Mediadas por Pares (PBII); 14. Dicas (Prompting); 15. Reforçamento; 16. Interrupção e Redirecionamento da Resposta (RIR); 17. Autogerenciamento (SM); 18. Narrativas Sociais (SN); 19. Treino de Habilidades Sociais; 20. AnĂĄlise de Tarefas (TA); 21. Atraso de tempo (TD); 22. Videomodelação (VM); e 23. Suportes Visuais (VS).
A quantidade de tratamento, frequentemente chamada de "intensidade" na literatura especializada, varia individualmente e deve ser adaptada aos objetivos especĂficos, necessidades e resposta de cada criança ao tratamento.
Quanto Ă intensidade, ela Ă© geralmente avaliada pelo nĂșmero de horas semanais de tratamento direto. Na abordagem ABA Focada, a intensidade varia de 10 a 25 horas por semana, incluindo supervisĂŁo direta, supervisĂŁo indireta e treinamento para cuidadores. Em casos de comportamento destrutivo severo, pode ser necessĂĄrio ultrapassar 25 horas semanais, como em programas diurnos ou de internação para comportamentos autolesivos graves.
No tratamento ABA Abrangente, a intensidade é geralmente de 30 a 40 horas de tratamento direto 1:1 (1 terapeuta : 1 criança) por semana para a criança, excluindo treinamento de cuidadores, supervisão e outros serviços necessårios. Crianças mais jovens podem começar com menos horas diårias, aumentando gradualmente conforme sua capacidade de tolerùncia e participação. Ajustes na quantidade de horas são feitos com base na resposta da criança e nas necessidades atuais. O aumento pode ocorrer para atingir os objetivos do tratamento de maneira mais eficiente, enquanto a diminuição ocorre quando a criança atinge a maioria dos objetivos e se encaminha para alta.
Embora o nĂșmero de horas de terapia recomendado possa parecer elevado, essa recomendação Ă© respaldada por pesquisas que indicam a intensidade necessĂĄria para alcançar resultados positivos. Ă crucial observar que perĂodos prolongados sem terapia podem resultar em um afastamento ainda maior do desenvolvimento tĂpico, levando a atrasos que provavelmente acarretarĂŁo custos adicionais e uma maior dependĂȘncia de serviços mais intensivos ao longo da vida.
Quanto à duração do tratamento, é efetivamente gerenciada avaliando a resposta da criança ao tratamento. Entretanto, geralmente, em 2 a 3 anos, em prestadores de serviço ABA de qualidade, jå ocorre redução da carga horåria da criança, devido aos ganhos de habilidades e redução de comportamentos interferentes. A intervenção precoce e intensiva é outro fator a ser considerado no tempo de duração de tratamento. No Brasil, devido a dificuldade de acesso a serviços de qualidade de intervenção ABA e intervenção precoce, o tempo de tratamento é indeterminado, e, consequentemente, o custo final é bem maior.
Â
Intervenção baseada nos princĂpios da Integração Sensorial de Ayres
No vasto espectro do tratamento do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), abordagens diversas buscam proporcionar suporte eficaz e aprimorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Uma dessas abordagens, que tem ganhado destaque, Ă© a Intervenção baseada nos princĂpios da Integração Sensorial de Ayres (IS). Desenvolvida pela terapeuta ocupacional e psicĂłloga Jean Ayres na dĂ©cada de 1960, a IS concentra-se na compreensĂŁo e na resposta a estĂmulos sensoriais, sendo particularmente relevante para indivĂduos com TEA, que frequentemente enfrentam desafios na integração sensorial.
A IS fundamenta-se na ideia de que o cĂ©rebro possui a capacidade intrĂnseca de organizar as informaçÔes sensoriais provenientes do corpo e do ambiente. Em indivĂduos com TEA, essa capacidade pode estar comprometida, resultando em dificuldades em processar e responder adequadamente a estĂmulos sensoriais cotidianos. Tais desafios sensoriais podem se manifestar em hipersensibilidade (sensibilidade excessiva) ou hipossensibilidade (sensibilidade diminuĂda) a estĂmulos como luz, som, texturas e movimentos.
A intervenção baseada nos princĂpios da IS visa, portanto, criar experiĂȘncias controladas e gradativas para ajudar o indivĂduo a processar e integrar essas informaçÔes sensoriais de maneira mais eficiente. Isso Ă© alcançado por meio de atividades estruturadas e orientadas, que visam aprimorar a modulação sensorial, a coordenação motora e a resposta adaptativa a estĂmulos.
As atividades propostas na IS sĂŁo projetadas para atender Ă s necessidades sensoriais especĂficas de cada indivĂduo. Por exemplo, para uma criança com hipersensibilidade tĂĄtil, atividades que envolvem toque e texturas podem ser introduzidas de forma gradual e controlada, permitindo que ela desenvolva uma resposta mais adaptativa a esses estĂmulos. Da mesma forma, para uma criança com hipossensibilidade vestibular (relacionada ao equilĂbrio e movimento), atividades que estimulam o sistema vestibular sĂŁo incorporadas de maneira cuidadosa.
A IS no contexto do TEA nĂŁo apenas visa melhorar a integração sensorial, mas tambĂ©m busca impactar positivamente outros aspectos do desenvolvimento, como habilidades motoras finas e grossas, equilĂbrio, coordenação e autocontrole emocional. Estudos e relatos clĂnicos tĂȘm destacado benefĂcios potenciais da IS em ĂĄreas como a regulação do comportamento, a participação em atividades cotidianas e o fortalecimento das habilidades sociais.
Ă crucial ressaltar que a IS nĂŁo Ă© uma abordagem Ășnica e padronizada. Cada intervenção Ă© adaptada Ă s necessidades especĂficas de cada indivĂduo, levando em consideração seu perfil sensorial Ășnico e seus objetivos terapĂȘuticos. AlĂ©m disso, a IS frequentemente envolve a colaboração entre terapeutas ocupacionais, pais, cuidadores e outros profissionais de saĂșde, criando uma abordagem holĂstica e integrada ao tratamento do TEA.
A IS Ă© frequentemente integrada a abordagens terapĂȘuticas mais amplas, como a ABA (AnĂĄlise do Comportamento Aplicada) e Psicomotricidade, para proporcionar uma abordagem abrangente e adaptada Ă s necessidades especĂficas de cada indivĂduo com TEA.
Em suma, a Intervenção baseada nos princĂpios da Integração Sensorial de Ayres oferece uma perspectiva inovadora no tratamento do TEA, focando na melhoria da integração sensorial e no desenvolvimento global do indivĂduo. Seu carĂĄter personalizado e integrado destaca-se como uma peça valiosa no arco-Ăris do tratamento do autismo, oferecendo uma abordagem centrada na singularidade de cada pessoa e proporcionando oportunidades para o aprimoramento do funcionamento sensorial e emocional.
Intervenção Mediada por MĂșsica: Harmonizando Caminhos no Tratamento do Autismo
No vasto espectro das terapias para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), uma abordagem que tem conquistado reconhecimento Ă© a Intervenção Mediada por MĂșsica (IMM). A mĂșsica, com sua linguagem universal, demonstra ser uma ferramenta poderosa na promoção do desenvolvimento e bem-estar de indivĂduos com TEA. A Musicoterapia, fundamentada na utilização estruturada e intencional da mĂșsica, busca potencializar habilidades cognitivas, emocionais e sociais, proporcionando um caminho singular de expressĂŁo e conexĂŁo.
A mĂșsica, sendo uma forma de comunicação nĂŁo verbal, transcende barreiras linguĂsticas e oferece uma plataforma rica para a expressĂŁo emocional. Para indivĂduos no espectro do autismo, que frequentemente enfrentam desafios na comunicação verbal e nĂŁo verbal, a mĂșsica pode ser uma ponte para a expressĂŁo e compreensĂŁo de emoçÔes. A Musicoterapia reconhece e capitaliza essa capacidade intrĂnseca da mĂșsica de comunicar e evocar respostas emocionais, criando oportunidades para aprimorar a expressĂŁo e a regulação emocional.
A abordagem da Musicoterapia no tratamento do TEA Ă© diversificada, adaptando-se Ă s necessidades e preferĂȘncias individuais. A terapia pode envolver atividades como improvisação musical, canto, composição, movimento rĂtmico e percussĂŁo. O terapeuta de mĂșsica, treinado na Musicoterapia, desenha estratĂ©gias que visam estimular o desenvolvimento de habilidades especĂficas, como a coordenação motora, a atenção, a interação social e a expressĂŁo verbal e nĂŁo verbal.
Um dos aspectos distintivos da Musicoterapia Ă© a incorporação de elementos musicais de acordo com as preferĂȘncias e respostas do indivĂduo. Isso nĂŁo apenas promove a participação ativa, mas tambĂ©m cria um ambiente terapĂȘutico personalizado e engajador. Por exemplo, se um indivĂduo demonstra interesse por um instrumento especĂfico ou por um gĂȘnero musical particular, o terapeuta adapta as atividades para incluir esses elementos, maximizando a motivação e a resposta positiva.
AlĂ©m dos benefĂcios emocionais e de comunicação, a Musicoterapia no contexto do TEA tambĂ©m demonstra impactos positivos na melhoria das habilidades sociais e interação. Durante as sessĂ”es de mĂșsica em grupo, os participantes tĂȘm a oportunidade de compartilhar experiĂȘncias musicais, criar harmonias coletivas e desenvolver habilidades de troca de turno, tĂŁo essenciais para as interaçÔes sociais.
Estudos e relatos clĂnicos tĂȘm destacado resultados promissores da Musicoterapia no tratamento do TEA. A mĂșsica, ao proporcionar uma estrutura previsĂvel e agradĂĄvel, pode auxiliar na redução da ansiedade e na promoção do engajamento. Ademais, a Musicoterapia tem mostrado eficĂĄcia na melhoria da comunicação nĂŁo verbal, na ampliação do repertĂłrio de habilidades sociais e na promoção da expressĂŁo criativa.
Apesar dos benefĂcios evidentes, Ă© importante reconhecer que a Musicoterapia nĂŁo Ă© uma panaceia. Cada indivĂduo com TEA Ă© Ășnico, e a resposta Ă mĂșsica pode variar significativamente. AlĂ©m disso, a Musicoterapia frequentemente se integra a abordagens terapĂȘuticas mais amplas, como a ABA (AnĂĄlise do Comportamento Aplicada) e terapias ocupacionais com integração sensorial de Ayres, para oferecer uma abordagem abrangente e integrada ao tratamento do autismo.
Em resumo, a Intervenção Mediada por MĂșsica emerge como uma sinfonia terapĂȘutica, harmonizando o desenvolvimento e a expressĂŁo para aqueles no espectro do autismo. A mĂșsica, como linguagem universal, transcende barreiras, proporcionando uma via Ășnica para a comunicação, expressĂŁo emocional e interação social. A Musicoterapia, ao reconhecer e capitalizar esses potenciais, oferece um compasso valioso no tratamento do TEA, enriquecendo vidas por meio da melodia terapĂȘutica.
Intervenção Baseada em ExercĂcio e Movimento (EXM): Desbravando Caminhos de Desenvolvimento
No cenĂĄrio multifacetado do tratamento do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), abordagens inovadoras tĂȘm ganhado destaque, buscando promover o desenvolvimento fĂsico, cognitivo e emocional de indivĂduos afetados. A Intervenção Baseada em ExercĂcio e Movimento (EXM) emerge como uma dessas estratĂ©gias, reconhecendo o potencial transformador que atividades fĂsicas estruturadas e adaptadas podem ter na vida das pessoas com TEA.
A EXM no contexto do TEA fundamenta-se na compreensĂŁo de que a prĂĄtica regular de atividades fĂsicas pode nĂŁo apenas aprimorar a saĂșde fĂsica, mas tambĂ©m desempenhar um papel crucial no desenvolvimento de habilidades motoras, na regulação emocional e na promoção da interação social. Para indivĂduos com TEA, que muitas vezes enfrentam desafios nas ĂĄreas de coordenação motora e interação social, a EXM se apresenta como uma abordagem promissora.
As atividades propostas na EXM sĂŁo projetadas para atender Ă s necessidades especĂficas de cada indivĂduo, considerando suas preferĂȘncias, habilidades motoras e objetivos terapĂȘuticos. A variedade de exercĂcios pode incluir desde prĂĄticas mais estruturadas, como exercĂcios aerĂłbicos e de resistĂȘncia, atĂ© atividades mais lĂșdicas, como jogos e brincadeiras que envolvem movimento.
Um dos pilares da EXM no tratamento do TEA Ă© o foco na coordenação motora. Muitas crianças e adultos no espectro podem apresentar dificuldades nessa ĂĄrea, afetando a realização de tarefas cotidianas e a participação em atividades sociais. A EXM, ao incorporar exercĂcios especĂficos para aprimorar a coordenação motora, visa superar essas barreiras e promover uma maior autonomia nas atividades diĂĄrias.
AlĂ©m disso, a EXM desempenha um papel fundamental na regulação emocional. A prĂĄtica regular de atividades fĂsicas tem sido associada Ă liberação de neurotransmissores, como endorfinas, que contribuem para a melhoria do humor e a redução do estresse e da ansiedade. Para indivĂduos com TEA, que podem enfrentar desafios na regulação emocional, a EXM oferece uma via natural para promover o equilĂbrio emocional.
A EXM tambĂ©m se revela como uma ferramenta valiosa para fomentar a interação social. Muitas atividades propostas na EXM sĂŁo realizadas em grupo, proporcionando oportunidades para compartilhar experiĂȘncias, desenvolver habilidades de cooperação e estabelecer conexĂ”es sociais. Essa abordagem nĂŁo apenas fortalece a integração social, mas tambĂ©m cria um ambiente de apoio e compreensĂŁo mĂștua entre os participantes.
Estudos e relatos clĂnicos tĂȘm destacado os benefĂcios da EXM no tratamento do TEA. Melhorias nas habilidades motoras, aumento da participação em atividades sociais, regulação emocional aprimorada e ganhos na qualidade de vida sĂŁo alguns dos resultados observados. Importante ressaltar que a EXM muitas vezes se integra a abordagens terapĂȘuticas mais abrangentes, como a ABA (AnĂĄlise do Comportamento Aplicada) e terapias ocupacionais com integração sensorial de Ayres, para proporcionar uma abordagem completa e personalizada.
No entanto, Ă© essencial considerar as necessidades individuais de cada pessoa com TEA ao implementar a EXM. Adaptar os exercĂcios conforme as preferĂȘncias, limitaçÔes e objetivos terapĂȘuticos especĂficos Ă© crucial para maximizar os benefĂcios. AlĂ©m disso, a supervisĂŁo de profissionais qualificados, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, Ă© fundamental para garantir a segurança e eficĂĄcia da intervenção.
Em sĂntese, a Intervenção Baseada em ExercĂcio e Movimento surge como uma via dinĂąmica e inclusiva no tratamento do TEA, desbravando caminhos que promovem o desenvolvimento integral de indivĂduos no espectro do autismo. Ao reconhecer o potencial terapĂȘutico da atividade fĂsica adaptada, a EXM se destaca como uma estratĂ©gia que transcende os limites do corpo, promovendo saĂșde, bem-estar e crescimento nas mĂșltiplas dimensĂ”es da vida de quem enfrenta o desafio do autismo.
Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia (TAII): Tecnologia como Aliada no Desenvolvimento do Autismo
No panorama em constante evolução das abordagens terapĂȘuticas para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia (TAII) destaca-se como uma ferramenta inovadora e eficaz para promover o desenvolvimento cognitivo e social de indivĂduos no espectro autista. Utilizando recursos tecnolĂłgicos de maneira estruturada e adaptativa, a TAII emerge como uma aliada valiosa, oferecendo oportunidades Ășnicas para aprimorar habilidades e facilitar a participação ativa na sociedade.
A TAII abrange uma variedade de estratĂ©gias que incorporam tecnologias, como tablets, aplicativos especĂficos, softwares educacionais e dispositivos interativos, no processo de ensino e intervenção. O objetivo Ă© personalizar a abordagem terapĂȘutica de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa com TEA, oferecendo suporte e estimulando o desenvolvimento em diversas ĂĄreas.
Um dos aspectos fundamentais da TAII Ă© a capacidade de adaptar o conteĂșdo educacional de forma personalizada. Para indivĂduos com TEA, que muitas vezes apresentam estilos de aprendizagem Ășnicos e preferĂȘncias individuais, a TAII oferece a flexibilidade necessĂĄria para ajustar o ritmo, o formato e o conteĂșdo do ensino. Isso nĂŁo apenas aumenta a motivação do aprendiz, mas tambĂ©m maximiza a eficĂĄcia do processo educacional.
AlĂ©m disso, a TAII se destaca por proporcionar um ambiente de aprendizado visualmente estruturado. Muitas pessoas com TEA respondem positivamente a estĂmulos visuais e organização visual, e a tecnologia permite a criação de ambientes virtuais que sĂŁo visualmente claros e compreensĂveis. Essa abordagem estruturada contribui para a redução da ansiedade e facilita a compreensĂŁo de conceitos, promovendo a assimilação e aplicação do conhecimento.
A TAII tambĂ©m desempenha um papel crucial na promoção da comunicação. Para aqueles com TEA que enfrentam desafios na expressĂŁo verbal ou nĂŁo verbal, a tecnologia oferece ferramentas que facilitam a comunicação. Aplicativos de comunicação alternativa, como os sistemas de comunicação aumentativa e alternativa (CAA), podem ser incorporados na TAII para proporcionar mĂ©todos eficazes de expressĂŁo, permitindo que os indivĂduos se comuniquem de maneira mais autĂŽnoma e eficiente.
Outro aspecto relevante da TAII é a oportunidade de desenvolver habilidades sociais e interativas. Muitas plataformas tecnológicas oferecem jogos e atividades interativas que visam aprimorar a compreensão de pistas sociais, a reciprocidade e a participação em interaçÔes sociais. Essas atividades, quando integradas à TAII de maneira apropriada, podem se tornar ferramentas valiosas para melhorar a capacidade de interação social e promover o engajamento em contextos sociais diversos.
Estudos e pesquisas tĂȘm evidenciado os benefĂcios da TAII no tratamento do TEA. A tecnologia, quando utilizada de forma estruturada e supervisionada, tem demonstrado impactos positivos no desenvolvimento acadĂȘmico, nas habilidades de comunicação, na autonomia e na qualidade de vida de indivĂduos no espectro autista. No entanto, Ă© crucial ressaltar que a implementação da TAII deve ser personalizada, considerando as caracterĂsticas individuais de cada pessoa com TEA e garantindo uma abordagem Ă©tica e responsĂĄvel no uso da tecnologia.
Em resumo, a Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia emerge como uma abordagem inovadora e promissora no tratamento do TEA. Ao integrar de forma inteligente recursos tecnolĂłgicos adaptados Ă s necessidades individuais, a TAII oferece oportunidades significativas para aprimorar habilidades cognitivas, sociais e comunicativas, capacitando indivĂduos no espectro do autismo a explorar seu potencial e participar plenamente na sociedade.
Terapia Cognitivo-Comportamental e EstratĂ©gias de Instrução: Abordagem EspecĂfica para IndivĂduos com TEA Maiores de 6 Anos e NĂvel 1 de Suporte
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) associada a EstratĂ©gias de Instrução emerge como uma abordagem eficaz e especĂfica para indivĂduos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) que se encontram na faixa etĂĄria superior a 6 anos e possuem um nĂvel de suporte classificado como NĂvel 1. Essa abordagem integrada visa fornecer suporte personalizado, atendendo Ă s necessidades particulares desses indivĂduos, promovendo o desenvolvimento cognitivo, comportamental e adaptativo.
A TCC Ă© uma modalidade terapĂȘutica amplamente reconhecida que se baseia na compreensĂŁo e modificação de padrĂ”es de pensamento disfuncionais e comportamentos desafiadores. Quando aplicada a indivĂduos com TEA, a TCC busca trabalhar na melhoria das habilidades sociais, comunicação, regulação emocional e na redução de comportamentos repetitivos e restritos. A abordagem cognitivo-comportamental pode ser especialmente benĂ©fica para aqueles classificados no NĂvel 1 de suporte, caracterizado por dificuldades sociais notĂĄveis, mas sem comprometimento significativo da funcionalidade.
A primeira vertente da TCC na intervenção para TEA envolve a identificação e modificação de padrĂ”es cognitivos disfuncionais. Para indivĂduos com TEA, que muitas vezes enfrentam desafios na compreensĂŁo de nuances sociais e na interpretação de sinais emocionais, a TCC oferece estratĂ©gias especĂficas para melhorar a cognição social. Isso pode incluir a exploração de pensamentos automĂĄticos negativos, a promoção da empatia e o desenvolvimento de habilidades de teoria da mente, permitindo uma melhor compreensĂŁo das perspectivas e emoçÔes dos outros.
A segunda vertente da TCC concentra-se na modificação de comportamentos desafiadores. EstratĂ©gias comportamentais sĂŁo desenvolvidas para enfrentar desafios especĂficos, como explosĂ”es emocionais, estereotipias ou resistĂȘncia a mudanças. A TCC busca identificar antecedentes, padrĂ”es de comportamento e consequĂȘncias, implementando estratĂ©gias para promover respostas mais adaptativas e funcionais. Isso Ă© essencial para melhorar a qualidade de vida do indivĂduo e sua interação com o ambiente.
A integração de EstratĂ©gias de Instrução na abordagem terapĂȘutica para TEA adiciona uma dimensĂŁo educacional ao processo. Considerando a faixa etĂĄria acima de 6 anos, a aprendizagem torna-se uma parte central do desenvolvimento. EstratĂ©gias de Instrução adaptadas Ă s caracterĂsticas individuais do TEA sĂŁo incorporadas para promover habilidades acadĂȘmicas, funcionais e adaptativas.
As EstratĂ©gias de Instrução abrangem uma variedade de tĂ©cnicas, incluindo o uso de apoios visuais, organização estruturada do ambiente, adaptaçÔes curriculares e a promoção da autonomia. Para indivĂduos no NĂvel 1 de suporte, a adaptação do ambiente educacional Ă© crucial para proporcionar um contexto favorĂĄvel ao desenvolvimento cognitivo e comportamental. Isso pode envolver a criação de rotinas previsĂveis, o uso de horĂĄrios visuais e a individualização do currĂculo para atender Ă s necessidades especĂficas.
A combinação da TCC com Estratégias de Instrução visa proporcionar uma abordagem integral, considerando tanto os aspectos emocionais quanto educacionais. A TCC trabalha na promoção de habilidades cognitivas e comportamentais, enquanto as Estratégias de Instrução fornecem ferramentas pråticas para a aplicação dessas habilidades no cotidiano.
Estudos tĂȘm destacado os benefĂcios dessa abordagem integrada para indivĂduos com TEA. A melhoria na comunicação, redução de comportamentos desafiadores, aumento da autonomia e avanços acadĂȘmicos sĂŁo alguns dos resultados observados. A individualização da intervenção, adaptando as estratĂ©gias conforme as caracterĂsticas especĂficas de cada pessoa, Ă© essencial para o sucesso dessa abordagem.
Medicamentos
O tratamento do TEA Ă© multifacetado, e em alguns casos, o uso de medicamentos se torna uma ferramenta necessĂĄria para gerenciar coocorrĂȘncias especĂficas associadas a esse transtorno. Ă crucial ressaltar que a decisĂŁo de iniciar qualquer tratamento medicamentoso deve ser cuidadosamente avaliada por profissionais de saĂșde especializados, levando em consideração o perfil Ășnico de cada criança.
Entre os comportamentos interferentes do TEA que podem levar Ă consideração do uso de medicamentos estĂŁo a agressividade e a agitação. A risperidona Ă© uma opção frequentemente considerada para crianças com mais de 5 anos. Este medicamento antipsicĂłtico pode ajudar a controlar comportamentos agressivos e explosivos, proporcionando estabilidade emocional. Outra alternativa Ă© o aripiprazol, que pode ser considerado para crianças com mais de seis anos. Assim como a risperidona, o aripiprazol Ă© um antipsicĂłtico atĂpico utilizado para gerenciar comportamentos interferentes associados ao TEA, incluindo irritabilidade.
No caso de problemas para iniciar o sono, temos a melatonina.
Quando o TEA estĂĄ associado ao Transtorno do DĂ©ficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), alguns medicamentos podem ser necessĂĄrios, tais como clonidina, atomoxetina e psicoestimulantes. Importante ressaltar que os psicoestimulantes (metilfenidato e Dimesilato de Lisdexanfetamina) sĂŁo contraindicados nos casos de crianças nĂvel 2 e 3 de suporte e devem ser utilizados com cautela nas nĂvel 1 de suporte, pois podem piorar agressividade, irritabilidade, comportamento auto e heteroagressivos, problemas de sono, problemas alimentares e outros. A Clonidina estĂĄ indicada para maiores de 5 anos e a Atomoxetina para maiores de 6 anos de idade.
Ă importante destacar que a prescrição e o acompanhamento desses medicamentos devem ser conduzidos por profissionais de saĂșde especializados em neurodesenvolvimento, como psiquiatras da infĂąncia e adolescĂȘncia, pediatria do desenvolvimento e comportamento e neurologistas pediĂĄtricos com expertise em TEA. Cada caso Ă© Ășnico, e a escolha do medicamento, sua dosagem e a duração do tratamento devem ser personalizadas de acordo com as necessidades especĂficas de cada criança.
AlĂ©m disso, Ă© fundamental adotar uma abordagem integrativa no tratamento do TEA, combinando intervençÔes medicamentosas com terapias com evidĂȘncias cientificas, gestĂŁo de sono, estratĂ©gias educacionais, gestĂŁo de tempo de exposição a telas/tecnologia e suporte e orientação de pais e cuidadores. A colaboração entre pais, cuidadores e uma equipe transdisciplinar de profissionais de saĂșde Ă© essencial para garantir uma gestĂŁo abrangente e eficaz do TEA.
Ă crucial lembrar que o uso de medicamentos nĂŁo Ă© a Ășnica estratĂ©gia de intervenção e que seu objetivo Ă© melhorar a qualidade de vida da criança, proporcionando maior bem-estar e funcionalidade em seu ambiente. A busca por alternativas terapĂȘuticas e o acompanhamento regular sĂŁo essenciais para ajustar o plano de tratamento conforme as necessidades evoluem ao longo do tempo.
Terapias que nĂŁo tem evidĂȘncias cientĂficas
As intervençÔes terapĂȘuticas comumente empregadas em nosso contexto, mas que carecem de evidĂȘncias cientĂficas estabelecidas, especificamente para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), incluem:
Equoterapia.
Estimulação neurosensorial.
Ozonioterapia.
Oxitocina.
Quelantes de metais pesados.
CorticoesterĂłides.
Imunoglobulina.
Células-tronco.
Ăleos essenciais.
Son-rise.
Padovan.
PsicanĂĄlise.
Floortime.
MMS ( solução mineral milagrosa, numa tradução livre do inglĂȘs).
Terapia ABA de baixa intensidade (menos de 10 horas por semana).
Terapia eclética.
O advento das mĂdias sociais transformou a disseminação de informaçÔes, proporcionando acesso rĂĄpido a uma variedade de conteĂșdos. Contudo, essa facilidade tambĂ©m deu origem a um fenĂŽmeno preocupante: a adoção indiscriminada de terapias alternativas nĂŁo comprovadas por muitos famĂlias de crianças com TEA.
A maioria das postagens online sobre terapias alternativas para TEA Ă© feita com boas intençÔes. No entanto, a veracidade dessas informaçÔes nem sempre Ă© garantida, e essa falta de precisĂŁo pode resultar em consequĂȘncias potencialmente perigosas. A prescrição e adoção de tratamentos nĂŁo respaldados por evidĂȘncias cientĂficas sĂłlidas podem acarretar prejuĂzos significativos, nĂŁo apenas do ponto de vista econĂŽmico. Muitas vezes, ao optar por terapias alternativas, as famĂlias podem abandonar tratamentos convencionalmente comprovados.
AlĂ©m dos riscos de efeitos colaterais adversos, os gastos financeiros desnecessĂĄrios tambĂ©m sĂŁo uma preocupação. Assim, Ă© essencial que as orientaçÔes oferecidas Ă s famĂlias com filhos diagnosticados com TEA incluam uma anĂĄlise crĂtica dos riscos e benefĂcios associados Ă s terapias alternativas.
Outro ponto crucial Ă© desmistificar a falsa relação entre vacinas e TEA. Ă importante esclarecer que nĂŁo hĂĄ evidĂȘncias cientĂficas que comprovem qualquer conexĂŁo entre a administração de vacinas e o desenvolvimento do TEA. Pelo contrĂĄrio, Ă© fundamental ressaltar que as vacinas sĂŁo cruciais para a saĂșde geral, e as crianças com TEA devem receber todas as vacinas recomendadas para a sua faixa etĂĄria.
Enquanto as mĂdias sociais oferecem um vasto campo de informaçÔes, Ă© imperativo que as famĂlias e cuidadores estejam cientes dos riscos associados Ă adoção de terapias nĂŁo comprovadas. A orientação correta, baseada em evidĂȘncias cientĂficas sĂłlidas, Ă© essencial para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudĂĄvel das pessoas com TEA, evitando prejuĂzos desnecessĂĄrios e promovendo a conscientização sobre a importĂąncia das prĂĄticas baseadas em evidĂȘncias.
ConsideraçÔes Finais: Tratamento Baseado em EvidĂȘncias CientĂficas para Crianças no Espectro do Autismo
Ă medida que a compreensĂŁo do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) avança, torna-se cada vez mais crucial adotar abordagens terapĂȘuticas embasadas em evidĂȘncias cientĂficas para promover o desenvolvimento e o bem-estar de crianças no espectro do autismo. O tratamento baseado em evidĂȘncias representa nĂŁo apenas um avanço na eficĂĄcia das intervençÔes, mas tambĂ©m uma garantia de que as estratĂ©gias adotadas sĂŁo respaldadas por pesquisa e prĂĄtica clĂnica sĂłlida.
A revisĂŁo sistemĂĄtica realizada pelo National Standard Project - National Autism Center, entre os anos de 2012 a 2017, identificou 28 intervençÔes com evidĂȘncias cientĂficas estabelecidas para o tratamento do TEA. Dentre essas, a AnĂĄlise do Comportamento Aplicada (ABA) destaca-se como uma abordagem amplamente respaldada, com 23 das intervençÔes reconhecidas baseando-se nessa metodologia. Outras cinco intervençÔes, incluindo a Intervenção baseada nos princĂpios da Integração Sensorial de Ayres, Intervenção Mediada por MĂșsica, Intervenção Baseada em ExercĂcio e Movimento, Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia, e Terapia Cognitivo Comportamental/EstratĂ©gias de Instrução, tambĂ©m apresentaram evidĂȘncias significativas.
A ABA, por exemplo, oferece um conjunto diversificado de estratĂ©gias, desde intervençÔes baseadas no antecedente atĂ© tĂ©cnicas comportamentais e de comunicação alternativa. Sua abordagem intensiva e personalizada tem se mostrado eficaz na melhoria de habilidades sociais, comunicativas e comportamentais em crianças autistas. A intensidade do tratamento, frequentemente avaliada pelo nĂșmero de horas semanais de intervenção, Ă© ajustada conforme as necessidades individuais, proporcionando resultados positivos.
A Intervenção baseada nos princĂpios da Integração Sensorial de Ayres enfatiza a importĂąncia da regulação sensorial para crianças com TEA. O desenvolvimento de estratĂ©gias para lidar com estĂmulos sensoriais e promover a integração sensorial adequada Ă© central nessa abordagem. A aplicação cuidadosa desses princĂpios tem demonstrado impactos positivos na modulação de comportamentos e na melhoria do bem-estar emocional.
A Intervenção Mediada por MĂșsica surge como uma alternativa valiosa, utilizando a expressĂŁo musical como ferramenta terapĂȘutica. Estudos indicam benefĂcios na melhoria da comunicação, interação social e regulação emocional por meio da mĂșsica. A personalização das atividades musicais de acordo com as preferĂȘncias individuais contribui para o engajamento e a participação ativa.
A Intervenção Baseada em ExercĂcio e Movimento reconhece a importĂąncia da atividade fĂsica na promoção do desenvolvimento motor e na redução de comportamentos estereotipados. EstratĂ©gias adaptadas para incorporar o movimento de forma terapĂȘutica tĂȘm mostrado efeitos positivos, contribuindo para um estilo de vida mais ativo e saudĂĄvel.
A Instrução e Intervenção Assistida por Tecnologia destaca-se na era digital, proporcionando oportunidades educacionais personalizadas e adaptadas Ă s necessidades especĂficas das crianças autistas. O uso de aplicativos, softwares e dispositivos interativos contribui para o desenvolvimento cognitivo e funcional, ao mesmo tempo que aproveita as habilidades e interesses individuais.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) associada a Estratégias de Instrução oferece uma abordagem abrangente, atendendo às necessidades emocionais e educacionais de crianças autistas. A modificação de padrÔes cognitivos e comportamentais, aliada a estratégias educacionais personalizadas, visa promover o desenvolvimento integral.
Em consideração a essas diversas abordagens, Ă© fundamental reconhecer a importĂąncia da individualização das intervençÔes. Cada criança no espectro do autismo Ă© Ășnica, com caracterĂsticas, necessidades e potenciais distintos. A combinação de diferentes estratĂ©gias baseadas em evidĂȘncias, adaptadas de acordo com as caracterĂsticas individuais, oferece um caminho mais promissor para o tratamento do TEA.
As consideraçÔes finais sobre o tratamento baseado em evidĂȘncias para crianças no espectro do autismo ressaltam a necessidade contĂnua de pesquisa, adaptação e colaboração transdisciplinar. Ă medida que novas descobertas emergem e a compreensĂŁo do TEA evolui, Ă© crucial permanecer comprometido com abordagens terapĂȘuticas fundamentadas em evidĂȘncias, visando proporcionar o melhor suporte possĂvel para o desenvolvimento e a qualidade de vida dessas crianças excepcionais.
Dra. Valéria Gandolfi Geraldo
Pediatria - Neurologia PediĂĄtrica
CRM-SP: 105.691 / RQE: 26.501-1
SugestĂŁo de Leitura:
âIdentificação, Avaliação e Manejo de crianças com Transtorno do Espectro Autistaâ, da Academia Americana de Pediatria.
"Promovendo o desenvolvimento ideal: Triagem de Problemas comportamentais e emocionais."Â da Academia Americana de Pediatria.
"Triagem precoce para Autismo/ Transtorno do Espectro Autista"Â da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)